6º Encontro da Mulher Policial do Paraná tem mais de 250 participantes do sul e sudeste
- Por Revista ASSESP
- 20 de set. de 2014
- 3 min de leitura
O que pode resultar de 252 mulheres do Paraná, de Santa Catarina, de São Paulo e do Rio Grande do Sul reunidas para conversar? Muitas ideias, projetos e a busca por mais valorização dentro das corporações policiais. Esses são alguns dos objetivos do Encontro da Mulher Policial do Paraná, que já está em sua 6ª edição. O evento, que aconteceu nos dias 29, 30 e 31 de agosto, contou com palestras de interesse delas, bailes dançantes e passeios pelos parques de Curitiba.
Organizado pela presidente da Associação das Mulheres Policiais Civis do Paraná, Iara do Rocio Vaz, os congressos, que têm dado visibilidade e força a elas, já têm tido boas consequências. . Para Iara, o momento, que mistura diversão e informação, cumpriu seu papel. “Queremos, entre outras coisas, demonstrar e conscientizar a Mulher Policial de seu valor profissional”, destacou. “Muito por conta desses encontros, elas conquistaram, há poucos dias, a aposentadoria especial”, afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, Riad Braga Fahad, na abertura oficial.

De acordo com ele, a socialização e a descontração são valiosas para a carreira das mulheres. “O trabalho de policial é muito pesado, nós trabalhamos diretamente com a violência e a criminalidade, é difícil para todo mundo, pior ainda para a mulher, que já é um ser de mais amor e paz. Por isso, nada melhor do que essa integração para que se tenham novas ideias. É muito importante que as mulheres de várias corporações, de vários estados, se encontrem para a troca de experiência”, comentou Fahad.
“Há poucos anos, as mulheres não eram aceitas nos Bombeiros. Hoje o efetivo é muito grande e trabalham de maneira excepcional”, lembrou o coronel do Corpo de Bombeiros, Renê Roberto Witek, que representou o Prefeito Mauricio Fruet. Exemplo que tem sido cada vez mais comum nas corporações.
“Eu vejo a presença da policial feminina uma figura muito estratégica. Como nós trabalhamos com investigações e o marginal dificilmente enxerga na mulher uma investigadora, ou mesmo uma mulher que está ali em serviço, para nós é muito bom e usamos muito essa facilidade da mulher na rua”, destacou o delegado-geral.


PALESTRAS - De saúde à assédio moral, o evento abordou uma diversidade de temas de interesse das mulheres. A primeira apresentação foi feita pelo palestrante Guto Zafalon, que tratou sobre a “Eficiência energética humana”. Em seguida, a cirurgiã plástica Michele Mamprim Grippa explicou, de maneira geral, como e quando procurar por uma intervenção estética. Mais tarde, as participantes puderam compreender melhor sobre “Assédio moral e sexual no trabalho”, com a delegada da Polícia Civil, Nilcéia Ferraro da Silva. A policial federal de São Paulo, Rosane Maria Zuquim Gonçaves explicou sobre a aposentadoria especial das policiais civis paranaenses, conquistada no dia 10/08.

As participantes, vindas das regiões sul e sudeste, aprovaram as atividades. “O Encontro é uma oportunidade maravilhosa de integração de todas as forças de segurança do Paraná e de outros estados vizinhos e, também, uma integração feminina muito grande”, lembrou a agente da Polícia Federal, que atua em Curitiba, Luciana Alves Brungare. A união de forças, segundo Inês Aparecida Basso, guarda municipal de Curitiba, tem resultado em melhorias para as policiais.
“Na Guarda Municipal, a mulher é bem valorizada, mas há 22 anos, quando eu entrei, não vou dizer que a gente era maltratada, porque é uma palavra muito pesada, mas a gente não era valorizada. Tinha chefe que só tratava a mulher como secretária, não a via como uma policial, armada e fardada. Hoje, 90% desse machismo foi tirado da GM”, exaltou Inês.
A agente da Delegacia do Menor Infrator (6º DP) da Polícia Civil de Santa Cantarina, Edilene Fortunato Neves, veio exclusivamente para acompanhar o 6º Encontro. “Eu nunca tinha participado, foi sensacional. As meninas foram super solidárias, educadas e mostraram a excelência do encontro”, comentou.
Texto e fotos por Idionara Bortolossi - Jornalista ASSESP
Comentários